ALERP
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29/10/2024 17:53:14 | Por: Josselmo Batista Neres | Visitas: 84
Imagem: Divulgação
A Academia de Letras da Região de Picos - ALERP, dia 26 de outubro de 2024, dentro da programação do XX Seminário de Literatura Piauiense e o XVII Seminário de Literatura Picoense - SELIPI, em evento presencial no auditório da ALERP e, transmitido pelo YouTube no canal da Academia de Letras da Região de Picos – ALERP, divulgou o resultado do Concurso de Poesia 2024 da instituição, na categoria Infantojuvenil e adulto.
Conforme o edital 01/24, de 02 de agosto de 2024, foram premiados os 1º, 2º e 3º colocados com certificados, troféus, um kit de obras literárias (somente para os vencedores das duas categorias) e um livro (Antologia) com os poemas classificados e os demais inscritos no concurso, que será publicado pela ALERP através do Clube de Autores www.clubedeautores.com.br.
RESULTADO DO CONCURSO DE POESIA 2024 EDITAL N° 01/2024
Após a leitura individual dos textos, a Comissão julgadora formada pelo professor e poeta Vilebaldo Nogueira Rocha; Poeta e Prof. Dr. Luiz Egito de Sousa Barros e pela professora e poeta cordelista Maria Ilza Bezerra Sousa reuniram-se e em comum acordo de escolha, classificaram os três primeiros colocados e os poemas com Menção Honrosa, a saber:
CATEGORIA INFANTO JUVENIL
1° Lugar – Do verde às cinzas: José Borges Leal Neto – Vila Nova do Piauí/PI
A terra de ouro que foi fecundada
Pelo passado dos sonhos futuros,
Hoje se vê imersa em apuros
Nas labaredas da riqueza cobiçada.
A terra "brasilis", tanto idealizada,
Para os lusitanos deu portos seguros
O intento colonizante gestou imaturos
Os flagelos da natureza amargurada.
O verde se vai e com ele a razão;
Ruma o Brasil para a decadência?
À forte ameaça haverá opção?
Que dessas cinzas renasça a nação
Que preze pela terra e finde a opulência
Semeando a vida em cada coração.
2° Lugar – Picos, terra querida: Ana Luiza Carvalho Ramos – Picos/PI
Entre serras e o verde que brota do chão,
Há uma cidade que pulsa em meio ao sertão.
Picos, tua história é escrita no barro e no sol,
Nas veias abertas que seguem o arrebol.
Nas trilhas de teu povo, o suor e a lida,
Construíram um destino de força e vida.
Os carros de boi ecoam em tua memória,
Levando o progresso, escrevendo a história.
Teu nome nasceu dos morros ao redor,
Picos, onde a terra brilha sob o céu maior.
Cidade de fé, de cultura e tradição,
Cada rua respira a força do teu coração.
Do café que enche as manhãs de aroma,
À feira que é o pulsar de tua gente,
És rica no trabalho, no amor persistente,
Teu povo é tua alma, tua chama que se soma.
No calor do sertão, és brava e forte,
Enfrentas o destino, sem temer a sorte.
Nas tuas festas, o riso solto, a dança,
És terra de alegria, de esperança.
Teus filhos, que de longe lembram tua luz,
Sabem que Picos sempre os conduz.
3º Lugar – Menina: Layra Lorrany da Silva – Vila Nova do Piauí/PI
Uma doce melodia
Que se fez poesia
Brilhou como as três Marias
Sempre se alegrava e sorria.
Não tinha medos e vivia
O que a vida lhe transmitia,
Lutava com teimosia
As adversidades do dia a dia.
Se lembrava com nostalgia
De suas aventuras e ousadias,
Mas no fim, o que mais queria
Era uma simples companhia
Para andarem na mesma sintonia.
MENÇÃO HONROSA:
– Soneto ao Piauí: Heitor Hermínio de Sousa Ribeiro – Fronteiras/PI
– Poesia da rua: Thaís Vitória da Luz Sousa – Fronteiras/PI
– Mulher Nordestina: Ana Vitória Pereira Santos – Fronteiras/PI
– Sorriso Estrelado: Antônio Roberto Da Silva Sousa – Fronteiras/PI
– Perdida nos medos: Hágata Kiara Sousa e Silva – Fronteiras/PI
– Poetas na memória: Ludmila Lima Alves de Sousa – Oeiras/PI
– Fascínio Celeste: Marina Rejane de Brito Rocha – Alagoinha do Piauí/PI
CATEGORIA ADULTO:
1° Lugar – Picadeiro: Mauro André Oliveira – São Paulo/SP
Já fiz tudo sobre este picadeiro:
cuspi fogo e também fiz malabares,
já voei no trapézio com meus pares
e da moça que dança fui parceiro.
Fui no globo da morte sobranceiro
e cruzei pela corda bamba os ares,
domei bicho das matas e dos mares
e na perna de pau andei faceiro.
Também fui acrobata e equilibrista,
pedalei monociclo em toda pista
e, até mágica, ainda às vezes faço.
Porém, minha maior exibição
não foi nessas performances, senão
toda vez que na vida eu fui palhaço.
2° Lugar – A seca no sertão: Lindomar Edson dos Santos Costa – Santo Sé/BA
Quando o verde vibrante da folhagem
Perde espaço pra o cinza da madeira
E o casco do gado faz poeira
Ao pisar pelo meio da rodagem
Dá pra ver que chegou a estiagem
Mas o vaqueiro velho não desiste
Batalhando na roça ele resiste
Bem ciente que o sol não colabora
No sertão quando a chuva vai embora
Deixa o lar do matuto bem mais triste
Pra lutar o vaqueiro acorda cedo
Pois na seca trabalha muito mais
Com o dever de salvar seus animais
Ele enfrenta o escuro sem ter medo
Corre sangue no calo do seu dedo
Mesmo assim ele é forte e persiste
Sabe que Deus lá de cima lhe assiste
E ao olhar pra o céu seu peito chora
No sertão quando a chuva vai embora
Deixa o lar do matuto bem mais triste
Sertanejo não se dá por vencido
Tem no braço a sustância do xerém
Traz na mente o dom de querer bem
E por isso ele é sempre protegido
Se o feijão desse ano foi perdido
Esse bravo guerreiro ainda insiste
Não esquece jamais que Deus existe
Tem a fé nesse pai que lhe adora
No sertão quando a chuva vai embora
Deixa o lar do matuto bem mais triste
3º Lugar – Um morro qualquer: Ronaldo Dória dos Santos Júnior – Rio de Janeiro/RJ
A casa fica no alto do barranco
Um homem desce o morro devagar
Sujando o carcomido tênis branco
Na lama que está em todo o lugar
Os moradores olham da janela
Essa cena todos conhecem bem
Um inocente morto na favela
O rapaz vendia bala no trem
O homem abraça o corpo do filho
Sangue manchando o seu último adeus
Devagar, fecha-lhe os olhos sem brilho
Como poderá proteger os seus...
... se o Estado é o maior empecilho?
“Eta vida desgraçada, meu Deus”
MENÇÃO HONROSA:
– Epitáfio: João Dias de Sousa Neto – Dom Inocêncio/PI
– Lince: Marta Betânia da Silva – Teresina/PI
– Coração de um anjo: Ingrid Almeida Lopes – Vila Nova do Piauí/PI
– Velho piano: Carlos André Bezerra Pimentel – Teresina/PI
– Cães sofridos de rua: Joelson Ramos Eduvirges – Teresina/PI
– A exímia professora: Aurilândia Leal e Silva Miranda –Vila Nova do Piauí/PI
– Arrependimento de verão: William Rocha Maximino de Oliveira – São João de Meriti/RJ
– Alma dos meus versos: Gilvane Lídia de Brito – Alagoinha do Piauí/PI
– Amigo é para sempre: Francisco José da Costa – Picos/PI
– Chão de sonhos e silêncios: Maria Socorro de Alencar Gomes Pinho – Pio IX/PI
– Girassol: Aureliano Francisco de Carvalho Gomes – Simões/PI
– Esperança: Firmina Maria de Jesus Arrais – Alagoinha do Piauí/PI
Declaramos ser verídicas as informações acima. Colocamo-nos à disposição para quaisquer outras eventualidades.
Vejam fotos do evento:
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